Domingo é para a família

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Jorge Ortiga, manifestou-se ontem preocupado com a abertura do comércio aos domingos porque, na sua opinião, perturba a vida familiar.

D. Jorge Ortiga esteve reunido com o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, para discutirem os principais constrangimentos com que se debatem os empresários do comércio e serviços, designadamente a questão da abertura das grandes superfícies ao domingo, que o prelado critica.

No final do encontro com o responsável do comércio e serviços, o presidente da Conferência Episcopal, declarou que o domingo deve ser o dia da família por que existe a “necessidade de um dia, para que os povos se possam encontrar, para que os pais se possam encontrar com os filhos”.

Aquele responsável da Igreja afirmou, entretanto, sobre a questão do trabalho ao domingo e da abertura consequente das grandes superfícies, que a sua opinião “é a opinião da Igreja, fundamentada não exclusivamente nos motivos religiosos”. E explicou: “estes motivos também entram mas só em termos da defesa da família, uma vez que a família necessita de tempos e de espaços para se encontrar, para poder dialogar e conviver e o trabalho ao domingo irá fazer com que muitas famílias não tenham oportunidade de o fazer”.

Fonte - Correio do Minho

Nota Cristo Voltará: O slogan global para o domingo, desde o final da década passada é: “Domingo: dia do Senhor, dia da família”. Isso quer dizer que a defesa do domingo é para que a sociedade reserve-o para que a família se reúna. Assim, pretende-se formar uma nova sociedade para esse terceiro milênio, uma sociedade de paz, com suas bases formadas numa família estabilizada.

Bispos e deputados em defesa do descanso semanal ao domingo

O domingo como o dia de descanso semanal e em defesa da família, sobretudo da criança, é o objectivo da petição europeia lançada na Alemanha e que chega, agora, a Portugal. Dezoito mil já subscreveram o documento, mas é necessário um milhão de assinaturas. Bispos e deputados portugueses aplaudem.

A ideia é do deputado alemão do Parlamento Europeu Martin Kastler, que quer que as empresas, sobretudo o comércio, tenham as portas fechadas ao domingo. A legislação do seu país, tal como a europeia, prevê o domingo como o dia de descanso semanal, mas a regulamentação não é aplicada em todos os países.

"O pai e a mãe pertencem-nos ao domingo", é o slogan da campanha. Os mentores sublinham que a realidade se afasta cada vez mais desse ideal e que muitos cidadãos, em "especial as crianças, estão a sofrer com a chamada 'flexibilização' do mercado de trabalho. Os filhos "têm direito aos pais", que precisam de ter "tempo" para os proteger. Uma pretensão que parece unir igreja e sindicalistas, direita e esquerda.

São várias as organizações ligadas à igreja que apoiam a iniciativa, nomeadamente a Liga Operária Católica - Movimento dos Trabalhadores Cristãos, a Comissão das Conferências Episcopais da Comunidade Europeia e o Centro Europeu para os Assuntos dos Trabalhadores.

"Concordo e com doutrina. É uma forma de humanização da sociedade e a humanização da própria pessoa, que estão cada vez mais desumanizadas", argumenta D. Manuel Martins. O antigo bispo de Setúbal lembra que levantou a voz quando se começaram a instalar as grandes superfícies em Portugal e o tempo deu-lhe razão. "Estive esta semana em Setúbal e fiquei espantado com as lojas da Baixa que fecharam e como o centro está desumanizado", diz.

O aparecimento das grandes superfícies e o alargamento dos horários, incluindo a abertura ao domingo, constituem a principal preocupação dos mentores da petição. E, recentemente, os próprios europeus organizaram um debate em defesa da folga ao domingo, o que prova que esta não é uma pretensão apenas das organizações católicas.

A deputada comunista Ilda Figueiredo foi um das que participaram na iniciativa. "Houve uma declaração conjunta em defesa do domingo como descanso dos trabalhadores e em defesa do pequeno comércio, mas também da família. E não é, apenas, uma preocupação dos católicos. A luta pelo encerramento do comércio tem mais de cem anos e há países que respeitam esse dia, como é o caso da Bélgica. Em Portugal é que há a liberalização dos horários."

A deputada comunista não defende que tudo esteja fechado ao domingo, nomeadamente os restaurantes, os cinemas e os hospitais, "mas que deveriam fechar os sectores em que fosse possível".

Já o deputado europeu Diogo Feio entende não ser necessário regulamentar essa matéria. "Muitos cidadãos europeus têm o seu descanso semanal ao domingo, mas há situações em que isso não é possível. Com certeza que observaremos a petição quando chegar ao PE, mas não vejo utilidade nessa pretensão." E diz que não teve contactos com o colega alemão e que é da sua família ideológica (Partido Popular Europeu).

A petição surge no seguimento do Tratado de Lisboa que consagrou o "direito de petição" como um direito fundamental. Mas falta, ainda, regulamentação.

Fonte: Diário de Notícias (negritos meus para destaque), via Diário da Profecia

Nota O Tempo Final: Nada que nos surpreenda; é, de resto, algo que já conhecíamos, sendo a única novidade ser agora tratado no âmbito da sociedade portuguesa.

No entanto, registo duas expressões deliciosas que o texto refere: "unir igreja e sindicalistas, direita e esquerda" e "não é uma pretensão apenas das organizações católicas"! Pense nisso...

Campanha europeia em defesa do descanso dominical e da família

Fazer do Domingo “O dia de descanso na Europa”, é este o objectivo de uma campanha de recolha de assinaturas, que está a decorrer através da Internet.

Trata-se de uma iniciativa que vem no seguimento da aprovação do Tratado de Lisboa, em Dezembro último. Recorde-se que, entre outras matérias, aquele Tratado consagrou o “direito de petição” como um dos direitos fundamentais dos cidadãos europeus.

De acordo com um comunicado da Liga Operária Católica – Movimento dos Trabalhadores Cristãos, esta campanha conta com o apoio de alguns deputados do parlamento europeu e de diversas organizações, entre as quais a Comissão das Conferências Episcopais da Comunidade Europeia e o Centro Europeu para os Assuntos dos Trabalhadores.

A petição surge numa altura em que, apesar da legislação europeia prever o Domingo como o dia de descanso, essa regulamentação não é aplicada em muitos países.

O trabalho ao domingo é cada vez mais uma realidade, o que abre a discussão quanto à falta de protecção dos interesses das famílias, sobretudo das crianças.

Entre os diversos pontos que sustentam a apresentação desta petição, os autores da iniciativa defendem, por exemplo, que “as crianças precisam de um dia para a família” e que “a consagração do Domingo como o dia de descanso é um dos pilares essenciais do Modelo Social Europeu e da sua herança religiosa e cultural”.

Para poder apresentar esta proposta no Parlamento Europeu, será necessário recolher, no mínimo, 1 milhão de assinaturas. A iniciativa está aberta a todos os cidadãos e às organizações europeias que queiram participar, através do site www.free-sunday.eu.

Fonte - Ecclesia

Nota DDP: O texto é auto-explicativo e os dias antecipados pela profecia parecem estar cada vez mais próximos. Organizações de trabalhadores, bem como lideranças religiosas e políticas se alinhando no tema, além de legislações "adormecidas" que se pretende a plena vigência.

Nada que o Senhor não tenha informado através de Sua serva, a profetiza



Compras dominicais ligadas com menor felicidade

Pesquisadores da DePaul University em Chicago e Ben-Gurion University de Negev em Israel fizeram estudos sobre a presença nos serviços de culto e os níveis de felicidade entre americanos que vivem nos estados que revogaram as chamadas "blue laws", que exigiam o fechamento do comércio aos domingos.

Os resultados se demonstraram relevantes entre mulheres brancas, indicando um declínio de 17% nas possibilidades destas serem felizes. Os resultados finais ainda não foram publicados.

"As pessoas sabem que existe uma correlação entre religiosidade e felicidade, mas não há provas concludentes que exista um nexo causal", disse William Sander, professor de economia na DePaul. "Nosso estudo tende a fornecer mais evidências conclusivas de que a religiosidade entre as mulheres afeta a felicidade."

Pesquisas anteriores já haviam demonstrado que a revogação das "blue laws" indicavam um maior compartamento de risco por parte dos adolescentes.

Fonte - NYTimes

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