Proposta para descanso ao domingo em Israel avança com apoio do Primeiro-ministro

'O Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu deu a sua aprovação tácita para experimentar a proposta do Vice-primeiro-ministro Silvan Shalom para tornar o domingo um dia sem trabalho e escola, fontes próximas de Shalom confirmaram esta quarta-feira.

Shalom tem vindo a insistir há anos na sua proposta para uma semana de trabalho mais curta, mas até há pouco tempo parecia que um comité nomeado por Netanyahu iria bloquear a iniciativa. Uma trégua política entre Netanyahu e Shalom durante o último mês deu nova vida à proposta.

O Primeiro-ministro e Shalom discutiram a ideia num encontro a 2 de setembro. As suas equipas continuaram o debate desde então e fizeram progressos.

Representantes do comité, liderados pelo Diretor do Conselho Económico Nacional, Prof. Eugene Kandel, discutiram com os conselheiros de Shalom maneiras de testar a iniciativa, e devem encontrar-se novamente já na quinta-feira.

Uma possibilidade é estabelecer um domingo de descanso por mês. Mas os parceiros de Shalom disseram que tal projeto piloto é apenas uma forma de testar a iniciativa e implementá-la por fases.

Tais testes e fases são vistas como cruciais para obtenção da aprovação pelas organizações económicas e entidades que se opõem ao encurtamento da semana de trabalho.

Uma fonte próxima de Kandel disse que o comité publicaria as suas conclusões imediatamente após o fim das festas judaicas, no próximo mês. Disse que Netanyahu não emitiria a sua opinião sobre o assunto antes de estudar as conclusões.

Estou feliz por qualquer progresso no sentido de implementar a minha iniciativa para um fim-de-semana mais longo aos Sábados e domingos em Israel”, disse Shalom. “Este é outro passo que eventualmente permitirá implementar plenamente a proposta”. Fonte: The Jerusalem Post, notícia publicada a 19 de setembro de 2012 (negritos meus para destaque)

Nota: outra evidência da crescente relevância que o descanso ao domingo está a ter pelo mundo fora. Neste caso, é mais significativo ainda, pois falamos da mais importante nação sabática do mundo!
 

"Troika" sugere aumento de semana de trabalho para seis dias à Grécia

'A "troika" internacional que supervisiona a economia grega sugeriu ao Governo de Atenas a flexibilização as relações laborais através de diversas medidas, onde se inclui o aumento da semana de trabalho de cinco para seis dias.

A informação está inserida numa mensagem de correio eletrónico enviado por representantes da "troika" - Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional - aos ministérios gregos das Finanças e do Trabalho, e que foi divulgado esta segunda-feira pelo diário económico "Imerisia".

A autenticidade do e-mail e do seu conteúdo foi confirmada à agência noticiosa Efe por uma fonte do ministério das Finanças, que não revelou mais detalhes.

Entre as propostas mais polémicas incluiu-se o aumento da semana laboral para seis dias e a redução para 11 horas do descanso mínimo entre turnos de trabalho, para além da eliminação das restrições às trocas dos turnos da manhã e de tarde, de acordo com as necessidades do empregador, precisa o diário "Imerisia".

A "troika" de credores internacionais exige ainda a redução para metade da indemnização por despedimento e do prazo de que dispõe o empresário para notificar a rescisão do contrato.

Pretende ainda que seja diminuída a contribuição das empresas para o Fundo de Segurança Social, apesar da crescente diminuição das receitas do Estado neste setor.

"Não são propostas novas, a 'troika' leva sempre algum tempo a formulá-las. Mas de momento são apenas propostas, não significa que sejam aceites pelo Governo grego", disse à Efe uma fonte ministerial.

A taxa de desemprego na Grécia situou-se em maio nos 23,1% (54,9% entre os menores de 25 anos) e o poder de compra dos trabalhadores recuou para o nível registado há três décadas, de acordo com os estudos dos sindicatos.

Em declarações à agência noticiosa AP, Savvas Rombolis, responsável da Confederação Geral dos Trabalhadores Gregos (GSEE, que abrange o setor privado), admitiu que o desemprego no país atingirá 29% em 2013 caso o Governo aplique as novas medidas de austeridade exigidas pela "troika" e que implicam novos cortes avaliados em 11,5 mil milhões de euros em 2012-1013.

"A economia grega continua a decair. Em 2012, esperamos uma queda de sete por cento no PIB. Isso vai originar uma taxa de desemprego de 24%, 1,2 milhões de pessoas", alertou.

Os inspetores dos credores internacionais encontram-se em Atenas desde a semana passada, e na sexta-feira são separados os chefes da missão para negociar com o executivo de coligação de Antonis Samaras o novo plano de cortes orçamentais.

A aprovação das novas medidas, que estão a ser discutidas pelo Governo, é considerada decisiva para a concessão de uma nova fatia de 31 mil milhões de euros, provenientes do segundo memorando de entendimento negociado com Atenas em fevereiro passado.' Fonte: Jornal de Notícias (negritos meus para destaque)

Nota O Tempo Final:
algo me diz que, caso o governo grego aceite a sugestão, não será o domingo o dia adicionado à semana de trabalho...

Movimento dominical em BH








Nota DDP: Veja também "Clientes veem proibição de abertura de supermercados aos domingos como retrocesso". Destaque:

O domingo é apontado como o segundo dia no ranking de compras em supermercados, segundo a Associação Mineira de Supermercados (Amis), atrás do sábado.
...
Ele afirma ser totalmente favorável ao projeto de lei e acredita que o cliente se adaptaria facilmente a obrigatoriedade de fazer compras de segunda-feira a sábado.

Faz sentido que seja suprimido o segundo maior dia de consumo, não o primeiro? Obrigatoriedade? Há alguma dificuldade em perceber que a controvérsia se estabelece com relativa facilidade? 

(Via @CleoCastro)
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